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Objeto do tamanho de uma bola de basquete viajou para coletar material de asteroide
A agência espacial japonesa Jaxa anunciou ter encontrado neste domingo (13) uma cápsula que retornou à Terra após ter viajado mais de 40 bilhões de km para coletar amostras de um asteroide. A jornada durou sete anos e terminou em território australiano.
O objeto, do tamanho de uma bola de basquete, chegou ao planeta por volta das 11h (horário de Brasília) na região de Woomera, no sul da Austrália. Precisamente às 11h56 (23h56 no Japão), técnicos da Jaxa (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) encontraram a cápsula, após sobrevoarem a área de helicóptero.
A chegada marca o fim de uma missão espacial histórica, que tinha o objetivo de coletar amostras do asteroide Itokawa. O objeto faz parte da sonda japonesa Hayabusa, lançada em 2003 e que deveria ter voltado para o nosso planeta em 2007, mas teve uma série de problemas e só retornou agora.
O sucesso da missão ainda é incerto, já que não se tem certeza se o equipamento conseguiu pegar "pedaços" do asteroide, onde a sonda chegou em 2005 e fez dois breves pousos. Isso só poderá ser comprovado quando os técnicos da Jaxa analisarem o material coletado.
O compartimento se separou do resto da Hayabusa cerca de três horas antes do pouso na Terra, a cerca de 40 mil km da Terra. A expectativa era a de que um paraquedas e uma proteção contra o calor ajudassem a cápsula de 18 kg a chegar à superfície sem danificar seu conteúdo. O resto da sonda também entrou na atmosfera, mas, como planejado, se desintegrou logo depois.
As amostras serão enviadas para análise no Japão. A primeira tarefa é verificar se a sonda de fato coletou o material do asteroide. Caso a poeira tenha realmente sido capturada, os cientistas vão usá-la para buscar pistas sobre a formação do planeta Terra e do Sistema Solar. Também analisarão o que poderá ser feito caso ela corra riscos de ser destruída pelo impacto de um asteroide.
Asteroides são objetos espaciais metálicos e rochosos que fazem sua órbita em torno do Sol, mas são muito pequenos para serem considerados planetas. A maior parte está localizada entre Marte e Júpiter.