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O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou nesta segunda-feira (25) que dissolverá a Câmara Baixa do Parlamento na quinta-feira (28), antecipando em um ano as eleições, de acordo com a CNN e a BBC.
Ele busca ter apoio para avançar com reformas econômicas e para implementar medidas que farão face à ameaça crescente representada pela Coreia do Norte, de acordo com a Reuters.
“Não devemos ceder à ameaça da Coreia do Norte. Espero ganhar a confiança das pessoas nas próximas eleições e impulsionar uma forte diplomacia", declarou o premiê, que está há cinco anos no poder, de acordo com a CNN.
O primeiro-ministro aproveitou a coletiva para anunciar também um pacote de estímulo de US$ 17,8 bilhões para educação e gastos sociais.
Partidos da oposição criticaram a decisão de Abe, argumentando que não há motivo para uma dissolução da câmara antes do prazo previsto para expirar o mandato (dezembro de 2018), segundo a agência Kyodo.
O premiê sofreu queda na popularidade devido a uma onda de escândalos de corrupção ligados a ele e a sua mulher. A decisão de antecipar a votação foi motivada por uma alta na avaliação do seu governo segundo pesquisa feita recentemente.
Cerca de 30% dos entrevistados disseram que votariam no partido do primeiro-ministro, o Democrata Liberal, contra 8% que votariam no Partido Democrata, segundo a Kyodo News.
Abe não divulgou uma data para a votação, mas a mídia japonesa especula que será em 22 de outubro, de acordo com a BBC. Com a dissolução da Câmara Baixa 475 assentos ficarão disponíveis.