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Coreia do Norte ameaça atacar as principais cidades do Japão
A Coreia do Norte ameaçou nesta quarta-feira (10) transformar o Japão em um "campo de batalha", com possíveis ataques a suas principais cidades, entre elas Tóquio, Osaka e Kioto, caso os japoneses produzam movimentos que provoquem o início de um conflito armado.
Em um editorial publicado pelo jornal "Rodong Sinmundo", pertencente ao partido único norte-coreano, o regime ameaça causar a "destruição" do Japão se esse país agir politicamente contra a Coreia do Norte, em um momento de elevada tensão na Península Coreana pelas contínuas ameaças bélicas norte-coreanas a Estados Unidos e Coreia do Sul.
"O Japão está perto do nosso território e, portanto, não poderá fugir dos nossos ataques", detalha o editorial, que cita cinco cidades japonesas, nas quais se encontra um terço dos 127 milhões de japoneses, como possíveis alvos militares.
O editorial norte-coreano denuncia que o Japão posicionou vários contingentes militares na costa em frente ao país comunista, e promete que "se houver um ato de guerra, todo o território do arquipélago japonês se transformará em um campo de batalha".
Pyongyang também reitera sua ameaça contra as bases militares dos EUA em território japonês: "o Exército da Coreia do Norte é absolutamente capaz de fazer saltar pelos ares as bases militares não só no Japão como em outras áreas da região Ásia-Pacífico".
"O atual regime japonês está optando pelo risco militar, intensificando sua política hostil à Coreia do Norte, em linha com a política dura dos EUA de reprimir com a força das armas", assinala o editorial.
Na terça-feira (9), perante a possibilidade de Pyongyang realizar em breve testes de mísseis, o Japão desdobrou no centro de Tóquio sistemas antimísseis terra-ar.
Esses sistemas instalados na capital serviriam para derrubar projéteis no caso de um hipotético ataque escapar dos destróieres que o Japão tem localizados no Mar do Japão.
O fechado regime comunista norte-coreano aumentou, nas últimas semanas, a retórica belicista contra seus adversários EUA e Coreia do Sul, em resposta às novas sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU contra o país, por conta de seu terceiro teste nuclear.
A Coreia do Norte também protesta contra os exercícios militares conjuntos feitos por EUA e Coreia do Sul em território sul-coreano.