Moradores de áreas devastadas pelo tsunami e pelo terremoto que atingiram o Japão, em março, receberam a visita e o incentivo de um ídolo reconhecido no mundo todo.

Um trem levava um símbolo do Brasil e da solidariedade brasileira. O destino é Sendai, a maior cidade atingida pela onda gigante. A viagem de trem-bala, entre Tóquio e Sendai, demora cerca de 1h40min, e passa perto da Usina de Fukushima, cerca de 60 quilômetros. Não existe risco nenhum, mas algumas pessoas teriam um certo receio de fazer a viagem.

Pelé não teve receio nenhum de cumprir essa missão humanitária. “A gente tem que estar ao lado de quem sofre com isso, porque são coisas que não dependem da gente. Mas poder ajudar, a gente pode”.

Pelé também falou sobre a demora nas obras da Copa e da seleção brasileira. “Dentro do campo, acho que não há nenhuma preocupação, mas fora do campo a gente tem conhecimento de certas coisas que vão acontecendo e isso preocupa um pouco. Temos alguns problemas, mas é claro que nós vamos fazer uma grande Copa do Mundo, se Deus quiser”.

Pelé ainda deu uma resposta bem-humorada à declaração do argentino Lionel Messi, que disse nunca ter visto o rei jogar. “Vou mandar o vídeo ‘Pelé Eterno’ para ele assistir”, brinca.

Depois da conversa, Pelé foi até o local onde ficava um templo que foi arrastado pelo tsunami e virou um santuário para lembrar as vitimas. Fica em um bairro da cidade de Natori, onde mais de 900 pessoas morreram. Pelé depositou flores e depois fez um minuto de silêncio.

Desde as tragédias de março, a comunidade brasileira, que não foi diretamente atingida, tem ajudado os japoneses. Brasileiros trouxeram caixas com cobertores. "São bem vindos porque o inverno começa daqui a pouco", disse um homem.

Pelé foi ajudar na campanha, mas o que o pessoal queria nesta segunda-feira (17) eram lembranças e fotos do encontro com o rei, que foi levar também algo que anda muito raro por lá desde o tsunami: momentos de alegria.