Em consequência de um tratado EUA-Japão de 1951, 47.000 soldados americanos estão baseados em território japonês, mais da metade deles na ilha de Okinawa, onde a presença dos militares é vista como uma fonte de irritação e insegurança.

Segundo o site oficial, as forças americanas no Japão utilizam 86 instalações, de entre 100 metros quadrados e dezenas de hectares, principalmente em torno de Tóquio e na ilha de Okinawa, a principal base logística americana no Pacífico oeste.

O Exército americano ocupa 10% desta ilha, onde mantém 22.000 homens.

A oposição da população local à presença americana chegou ao auge em 1995, depois que três marines estupraram uma adolescente japonesa de 12 anos.

A tensão voltou a aumentar no início do mês, após a morte de uma pessoa aparentemente atropelada por um marine americano que teria fugido depois do acidente, deixando a vítima agonizante na estrada.

Em troca da presença, Washington paga generosas subvenções a Okinawa, que tem como única fonte de recursos o turismo. As pessoas contrárias à presença americana acreditam que a ilha poderia desenvolver novas atividades se os Estados Unidos restituíssem os terrenos militares.

Em maio de 2006, Tóquio e Washington assinaram um acordo que prevê um deslocamento global dos militares americanos baseados no Japão.

Este inclui a transferência de 8.000 marines e suas famílias de Okinawa para o território americano de Guam no Pacífico, ação financiado em bilhões de dólares por Tóquio. Também prevê a transferência da base aérea de Futenma, situada em uma zona urbana de Okinawa, para uma baía protegida no norte da ilha.

As outras grandes concentrações militares americanas estão situadas na região de Tóquio (Yokosuka, Atsugi, Yokota) e em Iwakuni, oeste da ilha principal de Honshu, a 40 km de Hiroshima.