Brasileiros pedem mais apoio no Japão

Representantes dos cerca de 254 mil brasileiros que vivem no Japão querem que o governo brasileiro negocie a criação de escolas bilíngues no país (em japonês e em português), acelere a tramitação do Acordo da Previdência, que aguarda aprovação  dos dois países, e busque meios para permitir que eles atuem como autônomos nas cidades japonesas.

Os pedidos foram feitos no último sábado ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que visitou Tóquio. Na reunião com o chanceler, os brasileiros afirmaram que muitos dos que estavam no Japão se veem obrigados a retornar ao Brasil por causa da crise que o país enfrenta atualmente.

Um dos principais motivos de preocupação é com a Previdência Social. Pelo acordo negociado no ano passado, todos os residentes no Japão, japoneses ou estrangeiros que estiverem inscritos nos sistemas de Seguro e Previdência do país, contribuindo regularmente, terão direito a receber a pensão básica, no futuro, se permanecerem no Japão.

O assunto foi tema também da reunião de Patriota com o ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeaki Matsumoto. No encontro, o brasileiro lembrou ao colega que os compatriotas representam o terceiro maior grupo estran-geiro no Japão. Patriota foi ao país para levar a mensagem de solidariedade da presidente Dilma Rousseff ao povo e ao governo japoneses devido à tragédia ocorrida em março.

Em resposta, Matsumoto  se disse orgulhoso “pela maneira desprendida e solidária” com que a comunidade do Brasil ajudou. Não há registro de brasileiros entre as vítimas, mas pelo menos 777 viviam nas áreas de risco.