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governo federal se reuniu ontem com representantes das cinco empresas interessadas na obra do trem de alta velocidade (TAV) que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro e decidiu adiar para 11 de abril de 2011 o processo de licita-ção que estava previsto para ocorrer na próxima segunda-feira.
O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio de Oliveira Passos, já havia conversado, no início da semana, com o presidente Lula sobre o assunto e saiu do encontro admitindo possíveis mudança nos prazos do leilão.
O Ministério Público Federal também já tinha solicitado, na última quinta-feira, a suspensão do leilão devido a falhas no projeto. De acordo com o órgão, existem erros no estudo técnico da obra e no edital de concessão. Entre elas, uma estimativa de custos de implantação imprecisa, já que o edital omite, por exemplo, o custo de ener-gia do trem. Há três anos, o custo total da obra era de R$ 17 bilhões. Agora, o valor subiu para R$ 34 bi-lhões. Outro problema apontado seria a falta de detalhes nos projetos de engenharia. Isso poderia cau-sar prejuízos aos cofres públicos.
Segundo informações, as empresas interessadas também teriam forçado o adiamento, já que ainda estão inseguras em relação aos riscos do projeto. As chances de apenas um consórcio ou mesmo nenhum apresentar a proposta também pesou na decisão. Acuado, o governo resolveu ceder aos pedidos dos empresários do setor ferroviário.
Nos últimos dias, diver-sas notícias mostraram um risco iminente de a licitação ser esvaziada às vésperas da abertura dos envelopes. Informações não oficiais davam conta da desistência da empresa espanhola CAF, assim como a alemã Siemens, além do grupo de trabalho chinês, que inclusive entregaria uma carta para a Agência Nacional de Transportes Terrestres que registraria a não participação do grupo na licitação devido "a concorrência possuir condições difíceis de serem aceitas e o risco ser extremamente alto, além da falta de informações no edital sobre o volume de tráfego".
A imprensa nipônica também já havia divulgado a saída dos japoneses. O consórcio formado por quatro companhias teria decidido não fazer uma pro-posta, concluindo que seria incapaz de atender às condições do governo brasileiro.