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A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo) anunciou uma campanha de coleta de assinatura reivindicando a continuidade do voo direto da JAL (Japan Airlines) São Paulo-Tóquio.
No último dia 28 de abril, a aérea anunciou uma série de medidas, entre elas, o encerramento da rota de ligação Brasil-Japão, em operação há 32 anos. Em comunicado assinado pelo representante-geral para a América do Sul da JAL, Hiroyasu Konishi, a empresa confirmou que os voos JL015 e JL016, rota Narita-Nova York-São Paulo irá operar até 27 de setembro de 2010 e estará suspensa a partir de 30 de setembro de 2010.
Segundo o presidente do Bunkyo, Kihatiro Kita, a inten-ção do abaixo-assinado é pe-dir apoio do governo japonês, por meio do Ministério dos Transportes, para que seja mantida a rota, "uma representação efetiva do intercâmbio Brasil-Japão". "Acredito que se mostrarmos esse sentimento e o apreço que temos pela JAL, através desse abaixo-assinado, o governo japonês pode se sensibilizar e aumentar a ajuda à companhia, mantendo a rota pelo menos ao Brasil".
A expectativa inicial da campanha, cuja abaixo-assi-nado deverá ser encaminhado ao governo japonês, é atingir 10 mil assinaturas. Para isso, a secretaria do Bunkyo enviará o manifesto às suas regionais e a outras entidades nipo-brasileiras, convidando-as para se jun-tar à campanha. Cada local ficará responsável por distri-buir o material e coletar as assinaturas e, depois, enviar para o Bunkyo. Em seguida, o entidade deverá decidir a melhor forma de encaminhar esse documento ao Japão, seja diretamente ao Ministério dos Transportes, seja via Consulado Geral do Japão em São Paulo.
Para Kita, porém, as assinaturas poderão atingir um número bem maior de pessoas. "Prefiro não estimar, vai depender muito da motivação das entidades em seguir essa campanha, mas, como estamos enviando a cerca de 400 entidades, acredito que superaremos a marca de 10 mil", diz.
Símbolo maior do impacto que a crise financeira recente teve sobre a aviação civil, a JAL pediu proteção contra falência; abatida por dívidas de US$ 25,6 bilhões e com um valor de mercado reduzido a US$ 150 milhões - menos do que o preço de um Boeing 747. A empresa continua voando graças a uma ajuda emergencial de cerca de US$ 11 bilhões do fundo japonês Etic.