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Austrália e Japão têm 500 mil espécies marinhas não catalogadas

Austrália e Japão têm mais de meio milhão de espécies marinhas ainda não identificadas pelos cientistas, que trabalham para catalogá-las antes que desapareçam por conta do aquecimento global. Nos últimos dez anos, uma equipe de cientistas internacionais registrou cerca de 33 mil espécies marinhas na Austrália e o mesmo número no Japão, mas descobriram ainda há muito mais por explorar, informou a imprensa australiana nesta terça.

"A Austrália tem grande interesse ecológico, desde os recifes de corais até o fundo do mar", afirmou Jessie Ausubel, investigadora australiana do estudo, intitulado O que vive no mar. O rico ecossistema australiano, banhado por três oceanos e quatro mares e que se estende desde o trópico de corais até o gelado Polo Sul, tem cerca de 250 mil espécies não identificadas. "Isto constitui uma grande diversidade de habitat e oceanos que só foram investigados parcialmente", indicou Alan Butler, da Organização para a Pesquisa Científica e Industrial da Austrália.

A maioria das 33 mil espécies catalogadas pelos cientistas na Austrália eram aves e mamíferos marítimos, assim como novos peixes e tubarões, que representam 20% da vida marinha por descobrir. Na Grande Barreira de Coral, no nordeste australiano, vive o maior número de espécies, como corais, delfins, tartarugas e diferentes tipos de peixes.

Katsunori Fujikura, da Agência de Tecnologia e Ciências de Terra e Mar do Japão, assinalou que 155 mil espécies foram identificadas nas águas de seu país, apenas 30% do total, e só 33 mil foram registradas oficialmente. "A causa da diversidade se deve sem dúvida à variedade do entorno natural das águas japonesas", explicou Fujikura.

O entorno marinho japonês, que cobre uma superfície 11 vezes maior que o território do país, acolhe corais marítimos e ecossistemas a 10 quilômetros de profundidade. Devido às fortes correntes marinhas, só 5,6% das espécies no Japão são únicas na ilha, enquanto 19% das 17 mil espécies marinhas da Nova Zelândia limitam seu habitat em torno do arquipélago.

Cerca de 90% da vida marinha na Antártida se encontra a mais de mil metros sob a superfície do oceano, e só 11% - nove mil espécies - foram estudadas. "A maioria das espécies no Oceano Antártico são raras. A metade das espécies no fundo do mar só foram avistadas uma ou duas vezes", explicou Huw Griffiths, investigador da Antártica Britânica.

A investigação no Polo Sul é essencial para entender o processo da mudança climática, já que é uma das regiões mais afetadas pelo aquecimento global.

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